Título Original: The Foundation
Autor: Isaac Asimov
Definitivamente, a maior obra de ficção científica de todos os tempos! Sem comparações, esta trilogia clássica da literatura é ao mesmo tempo divertida, tensa e psicodélica. Fonte de inspiração para Star Wars (as semelhanças são inúmeras) e para todas as fantasias futuristas já feitas desde os anos 50 até hoje. Recebeu prêmio de melhor obra de fantasia em 1966, ganhando até de O Senhor dos Anéis - mas não, não chega a ser melhor que O Senhor dos Anéis, rs.
Com um estilo de escrita repleto de diálogos, Asimov consegue prender a atenção do leitor com o incrível universo criado em sua mente científica. Através de milhares de planetas habitados num futuro muito distante e em meio a guerras estelares, o autor nos leva em uma viagem alucinante onde cada detalhe apresentado faz qualquer um acreditar de fato que o futuro será assim. E já que o Asimov acertou muitas previsões que fez nos anos 40 acerca das nossas tecnologias atuais, não me surpreenderia se ele acertasse também previsões acerca de um futuro distante.
A trama principal do livro envolve um cientista, Hari Seldon, que se aprofunda em uma ciência chamada psico-história. A psico-história nada mais é do que o avanço nos estudos acerca do comportamento e emoções humanas, a ponto de conseguir modelar matematicamente estas características do ser humano que até então eram consideradas imprevisíveis. Ou seja, a psico-história transforma a psicologia em uma ciência exata, puramente matemática. Com isso, é possível prever o futuro aplicando modelos probabilísticos em massas de seres humanos. Quanto maior a massa, maior a probabilidade das previsões se cumprirem. Seldon, então, prevê a ruína do Império que domina a galáxia por dois mil anos, e resolve se mobilizar para preservar o conhecimento científico da humanidade de forma segura em um planeta distante, bem como sua comunidade de cientistas, chamada Fundação.
A história então se desenrola em inúmeras subtramas, cada uma mais empolgante que a outra, envolvendo batalhas espaciais, personagens complexos e muito suspense e mistério.
O primeiro livro é um pouco mais cansativo de ler, pelo excesso de diálogos e poucos acontecimentos. Mas de maneira nenhuma diminui o valor da obra.
Já no segundo livro, Fundação e Império, o autor consegue melhorar a dinâmica da trama, trazendo um personagem super misterioso, o Mulo. Este é citado em todo o livro, mas em momento algum ele aparece. O medo e a tensão conduzem os personagens a um final surpresa espetacular!
O terceiro livro fecha a história com chave de ouro. Segunda Fundação foca nas características mais profundas da psico-história, que não são reveladas em nenhum dos dois primeiros livros. Brilhante! Uma viagem transcendental da imaginação acerca do funcionamento do cérebro humano e de habilidades que o ser humano perdeu ao longo de milênios por causa do desenvolvimento da fala. Além de tramas e aventuras envolvendo novos personagens, tem um final surpreendente e emocionante.
Concluindo, a trilogia Fundação é leitura obrigatória para quem gosta de ficção científica e fantasia.